Alguma utilidade?

Apenas um pouco do que escrevo. Gotas da pretensão que assombra a juventude: a maldita idade lírica, da extrema eloquência com a grande arrogância. Resta apenas desorientação.

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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Sobre aquele espaço de limbo

Parafraseando Zeca Baleiro, estava achando a vida tão chata. E só. Mais solitário que um elevador, agora, ao menos, posso torcer para enguiçar no mesmo andar que você. Não, você não entende. Eu não entendo. A minha vida no meio. E um enorme medo de que o futuro escorra pelos cantos sinuosos de um presente abarrotado de tudo que não foi.
E nesse espaço de limbo, sobra tédio. No café da manhã, no almoço. E um pouco de você. Para curar o tédio, para tirá-lo da mesa e trocá-lo pela sobremesa. Sim, passar direto à sobremesa e fugir da rotina.
Assim, mudo a “playlist”, abandono Zeca Baleiro e coloco Titãs. E, enquanto não sei para onde vou e aonde tudo isso vai dar, pelo menos posso cantar os primeiros versos de “Pra dizer adeus”. Sim, “você apareceu do nada” e, sim, “você mexeu demais comigo.” Em tempos de muitos registros e escassez de memórias, é das poucas verdades que sei.

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