Amor, encontro você na próxima estação. Poderei dizer a mesma frase até o resto da minha vida? É muda toda essa aridez que naufraga as utopias. Em breve acabarão as estações. Não haverá mais limbo, não entenderei de permanência.
Amor, vejo você lá. Lá, onde restam sonhos, memórias e tantas estações quantas forem necessárias para prolongar infinitamente esta inexplicável dinâmica de lançar-se ao nada.
E de tudo que ficou, resta bem pouco. É o pouco das migalhas, do abaixar-se e espremer-se entre os vãos. Que caiba no vazio inquieto dos espaços ociosos. Que cure este pesado silêncio de inadequação. Que cale toda esta prosa da prolixidade. Que se dissolva no caos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário