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Apenas um pouco do que escrevo. Gotas da pretensão que assombra a juventude: a maldita idade lírica, da extrema eloquência com a grande arrogância. Resta apenas desorientação.

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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Nem eu sei

Amor, encontro você na próxima estação. Poderei dizer a mesma frase até o resto da minha vida? É muda toda essa aridez que naufraga as utopias. Em breve acabarão as estações. Não haverá mais limbo, não entenderei de permanência.
Amor, vejo você lá. Lá, onde restam sonhos, memórias e tantas estações quantas forem necessárias para prolongar infinitamente esta inexplicável dinâmica de lançar-se ao nada.
E de tudo que ficou, resta bem pouco. É o pouco das migalhas, do abaixar-se e espremer-se entre os vãos. Que caiba no vazio inquieto dos espaços ociosos. Que cure este pesado silêncio de inadequação. Que cale toda esta prosa da prolixidade. Que se dissolva no caos.

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